Paramount enfrenta processo trabalhista após demissões em massa
Paramount enfrenta processo trabalhista após demissões em massa
Buscavam economia, encontraram processo
A Paramount Global está enfrentando um novo processo após a última rodada de demissões realizada na empresa. Movida no tribunal federal de Nova York, a ação coletiva alega que a Paramount não deu a mais de 300 funcionários o aviso adequado das demissões.
Segundo o processo, a ação viola a Lei de Notificação de Ajuste e Retreinamento de Trabalhadores do estado, que exige pelo menos 90 dias de aviso prévio de uma demissão em massa. Os trabalhadores buscam salários, vencimentos, comissões, bônus, férias acumuladas e benefícios ao longo de um período de 60 dias que teriam sido pagos se a Paramount cumprisse a lei.
Segundo a versão federal da lei nos EUA, empresas com mais de 100 funcionários são obrigadas a dar aviso antes de uma demissão se ela afetar mais de 500 pessoas. No entanto, alguns estados têm diretrizes mais rígidas para empregadores. Na Califórnia, qualquer empresa com 75 ou mais trabalhadores exige aviso para uma demissão de 50 ou mais em um período de 30 dias.
No caso de Nova York, local onde a demissões da Paramount aconteceram, o estado exige aviso se a demissão impactar um terço da força de trabalho ou pelo menos 250 funcionários de um único local. A penalidade por violar a lei inclui salários e benefícios atrasados, além do pagamento de uma multa civil.
No final de setembro, a Paramount iniciou a “fase dois” das demissões como parte de um plano abrangente para cortar 15% da força de trabalho nos EUA em busca de US$ 500 milhões em economia de custos. Com primeira rodada de demissões acontecendo em agosto, os cortes atuais geraram o fechamento da Paramount TV Studios.
Retorno de Genovia
Embarcando em uma nova produção de O Diário da Princesa, a Disney contratou Adele Lim para dirigir o projeto. Anne Hathaway, que se tornou uma estrela graças ao sucesso do filme de 2001, estrelará e produzirá o novo filme — o roteiro mais recente foi escrito por Flora Greeson.
Dirigido originalmente por Gary Marshall, que adaptou o livro de Meg Cabot, a história segue uma adolescente chamada Mia Thermopolis que descobre que é herdeira do trono de uma nação europeia chamada Genovia. Cabe à sua avó e rainha, interpretada por Julie Andrews, deixar a adolescente pronta para o dever.
Debra Martin Chase, uma das produtoras do original, retorna à franquia no mesmo papel. A Disney planeja filmar o longa no próximo ano.
Reencontro
Michael Bay está em negociações para dirigir Will Smith no filme de ação Fast and Loose. Produzido pela Netflix, o filme foca em um chefão do crime que perde a memória após um ataque e gradualmente descobre que levava uma vida dupla como agente da CIA.
O projeto estava em andamento há alguns anos, com David Leitch se retirando da produção para trabalhar em O Dublê [2024], filme de ação e comédia com Ryan Gosling e Emily Blunt lançado em maio.
Jon Hoeber, Erich Hoeber, Chris Bremner e Eric Pearson estão trabalhando no roteiro de Fast and Loose, que ainda não tem previsão de lançamento. Bay dirigiu Smith anteriormente na comédia de ação Bad Boys [1995] e na sequência lançada em 2003.
Acabou a graça?
Apesar das expectativas, Coringa: Delírio a Dois fracassou no final de semana de estreia nas bilheterias dos EUA com US$ 37,7 milhões, conseguindo menos da metade da arrecadação inicial do primeiro filme. A sequência custou US$ 190 milhões.
O estúdio — e o mercado — esperavam que o filme estrelado por Joaquin Phoenix e Lady Gaga estreasse pelo menos entre US$ 50 milhões e US$ 60 milhões, mas as projeções foram continuamente rebaixadas ao longo do fim de semana. Enquanto os estúdios rivais apostaram que suas produções estreariam entre US$ 45 milhões a US$ 47 milhões, a Warner Bros. relatou US$ 40 milhões no domingo.
Fora dos EUA, a sequência estreou com US$ 81,1 milhões, proporcionado algum alívio para o estúdio, apesar que ainda estar muito atrás do primeiro filme. A produção estreou em todos os lugares, exceto no Japão e na China, onde será lançada nas próximas semanas.
Como se o resultado não fosse ruim o suficiente, Coringa: Delírio a Dois se tornou o primeiro filme baseado em uma história em quadrinhos a ganhar uma avaliação D do público no CinemaScore.
Segundo o THR, fontes da Warner Bros. dizem não haver como adoçar os resultados e o estúdio está surpreso e profundamente decepcionado. Ao mesmo tempo, eles acreditam que o diretor Todd Phillips é um “gênio criativo e digno de aposta”.
Em 2019, Coringa estreou com US$ 96,2 milhões na América do Norte e garantiu uma bilheteria de US$ 1 bilhão com um orçamento de US$ 55 milhões.
Compra
A MUBI comprou os direitos de Queer, adaptação de Luca Guadagnino do livro de William S. Burroughs. A distribuidora, streamer e produtora adquiriu os direitos do filme para o Reino Unido/Irlanda, América Latina, México, Alemanha/Áustria, Países Baixos, Bélgica, Luxemburgo, Espanha, Canadá, Turquia e Índia. Os direitos também foram adquiridos, exceto os de cinema, para a Itália.
Exibido no Festival Internacional de Cinema de Veneza, Queer se passa na Cidade do México na década de 1940 e acompanha William Lee (Daniel Craig), um expatriado norte-americano que leva uma vida solitária em meio a uma pequena comunidade americana. No entanto, a chegada do jovem estudante Eugene Allerton (Drew Starkey) incita William a finalmente estabelecer uma conexão significativa com alguém.
O elenco também conta com Lesley Manville, Jason Schwartzman, Andra Ursuta, Michael Borremans e David Lowery. A MUBI anunciará os planos de lançamento em breve.
Mudança de planos
O musical policial Emilia Pérez agora será oficialmente inscrito como um roteiro adaptado para o Oscar 2025. Inicialmente, a equipe criativa do filme de Jacques Audiard e os estrategistas de premiação consideraram enviá-lo como um roteiro original.
A mudança de estratégia decorre do fato de que Audiard desenvolveu o roteiro a partir do que foi originalmente concebido como um libreto de ópera em quatro atos. A personagem-título foi vagamente inspirada por um capítulo do livro Écoute, escrito por Boris Razon em 2018. O livro apresenta uma personagem que inspirou a criação de Emília, mas ambas têm idades e nomes diferentes — o filme também apresenta 16 músicas originais.
Quando Audiard leu Écoute pela primeira vez, ele imaginou uma história como uma ópera, extraindo inspiração estilística de Die Dreigroschenoper, do dramaturgo Bertolt Brecht e do compositor Kurt Weill. Mais tarde, o cineasta optou por desenvolver a história como um filme, com colaboração dos compositores Clément Ducol e Camille.
Por não ser um signatário do Writers Guild of America, Emilia Pérez também não será elegível para uma indicação no WGA Awards.
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Até a próxima, se cuidem e cuidem dos seus,
Júlia Gavillan