A Paramount começou uma nova rodada de demissões em toda a empresa na terça-feira (24/09). Em um memorando enviado para os funcionários, os co-CEOs George Cheeks, Brian Robbins e Chris McCarthy disseram que a empresa passará pela “fase dois” das reduções da força de trabalho, com 90% das demissões acontecendo no mesmo dia.
Em agosto, os executivos anunciaram um plano abrangente para cortar 15% da força de trabalho nos EUA em busca de uma economia de custos de US$ 500 milhões. A primeira rodada de demissões ocorreu logo após o anúncio, com os co-CEOs afirmando que os cortes aconteceriam em três fases.
Entre as mudanças feitas nesta última rodada de cortes estava o fechamento do Paramount TV Studios, bem como a saída de vários executivos de alto perfil.
Embora não esteja imediatamente claro quais setores serão mais afetados pelas demissões, os executivos escreverem que “como toda a indústria de mídia”, eles estão buscando trabalhar para acelerar a lucratividade do streaming “e, ao mesmo tempo, nos ajustar ao cenário em evolução em nossos negócios tradicionais”.
Também não está imediatamente claro quando a empresa planeja implementar os 10% dos cortes finais, embora os co-CEOs tenham visado anteriormente o final de 2024.
Contratados
Margot Robbie e Jacob Elordi estão escalados para estrelar a adaptação cinematográfica de O Morro dos Ventos Uivantes, próximo projeto da cineasta Emerald Fennell.
Com roteiro, direção e produção de Fennell, o filme está atualmente em pré-produção em Londres. A MRC contratou a LuckyChap Entertainment para produzir a nova adaptação baseada no romance homônimo da autora Emily Brontë.
Robbie interpretará Catherine Earnshaw, enquanto Elordi será Heathcliff. Publicado pela primeira vez em 1847, o livro se concentra no relacionamento tempestuoso entre Catherine e Heathcliff, que envolve paixão e vingança depois que eles se conhecem enquanto vivem na residência homônima.
O projeto será a terceira colaboração de Fennell com a LuckyChap, que Robbie comanda com Tom Ackerley e Josey McNamara. A produtora também produziu Bela Vingança [2020] e Saltburn [2023].
Brasil sil sil
A Academia Brasileira de Cinema anunciou Ainda Estou Aqui como o representante do país na disputa por uma vaga na categoria de melhor filme internacional no Oscar 2025. Dirigido por Walter Salles, o filme é uma adaptação do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva lançado em 2015.
Estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, a história segue a mãe do autor, Eunice Paiva, que muda completamente de vida depois que o marido é levado pela ditadura brasileira. Dona de casa, Eunice se vê obrigada a virar ativista de direitos humanos após o desaparecimento de seu marido.
Ainda Estou Aqui estreou no Festival de Veneza, onde levou o prêmio de melhor roteiro. O Brasil foi indicado 4 vezes ao Oscar de melhor filme internacional, mas ainda não venceu.
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciará os filmes finalistas na shortlist em 17 de dezembro. As indicações serão anunciadas em 17 de janeiro de 2025. A 97ª edição do Oscar será realizada em 2 de março.
Oscar 2
O México escolheu Sujo para representar o país na categoria melhor filme internacional no Oscar 2025. O drama dirigido por Astrid Rondero e Fernanda Valadez estreou no Festival de Sundance de Cinema deste ano, onde ganhou o Grande Prêmio do Júri do Cinema Mundial. A produção ainda será exibida no Festival Internacional de Cinema de San Sebastián e no Festival de Cinema de Londres.
O filme de amadurecimento se concentra em Sujo, filho de um sicário do cartel de uma pequena cidade que fica órfão quando o pai é assassinado como traidor. Sob constante ameaça de morte — os cartéis tradicionalmente matam herdeiros homens de membros assassinados para não crescerem para vingar seus pais —, Sujo se esconde nas montanhas, vivendo isolado apenas com suas tias e dois primos. Porém, quando ele retorna ao mundo do crime, entra em rota de colisão com o legado do pai.
Com nove indicações na categoria, o México venceu o Oscar de melhor filme internacional em 2019 com Roma, de Alfonso Cuarón. Nos últimos quatro anos, as escolhas mexicanas — Tótem [2023], de Lila Avilés; Bardo [2022], de Alejandro G. Iñárritu; Prayers for the Stolen [2021], de Tatiana Huezo; e Ya no estoy aquí [2020], de Fernando Frias — entraram na shortlist, mas não foram indicadas.
Oscar 3
A Itália escolheu o drama de guerra Vermiglio para representar o país no Oscar de melhor filme internacional. Dirigido por Maura Delpero, a produção estreou no Festival de Veneza e levou o Leão de Prata.
Ambientado em 1944 na vila homônima de Vermiglio, no alto dos Alpes Italianos, o filme acompanha uma família local cuja vida é interrompida pela chegada de um soldado refugiado da Segunda Guerra Mundial. À medida que o mundo emerge da tragédia e destruição, a família em Vermiglio enfrenta sua própria crise.
A Itália é o país de maior sucesso no Oscar, com 14 vitórias na categoria em 33 indicações — a França está em segundo lugar com 12 vitória em 41 indicações. O último longa-metragem italiano a ganhar o troféu foi A Grande Beleza, de Paolo Sorrentino, em 2014.
Vilão
Matthias Schoenaerts entrou para o elenco de Supergirl: Woman of Tomorrow, filme dirigido por Craig Gillespie para a DC Studios. Estrelado por Milly Alcock como Kara Zor-El, Schoenaerts assumirá o papel de um vilão.
Inspirado no quadrinho de Tom King e Bilquis Evely, o filme se afastará da abordagem que o público conheceu na série Supergirl, produzida pela CW. A história se aproxima mais de uma grande aventura de ficção científica do que um filme de super-herói padrão, já que o quadrinho conta sobre uma jovem alienígena que busca a ajuda de Supergirl para se vingar da morte de sua família.
No quadrinho, o vilão da história é Krem of the Yellow Hills, o homem que mata o pai da garota. Supergirl é atraída para o conflito quando ele fere o supercão Krypto.
Supergirl: Woman of Tomorrow está atualmente em pré-produção, com previsão para estrear nos cinemas em 26 de junho de 2026.
Do you remember?
Vencedor do Oscar por Summer of Soul, Questlove está trabalhando em um documentário sobre o grupo Earth, Wind & Fire. Anunciado pelo documentarista, o projeto examinará o legado, o esforço e o impacto cultural do grupo, com acesso exclusivo a arquivos de áudio, vídeo e escrito. O filme previsto para ser lançado em 2025 terá apoio da banda e do espólio do falecido Maurice White.
Em declaração conjunta, os membros da banda, Philip Bailey, Verdine White e Ralph Johnson, acrescentaram que estão ansiosos por essa “jornada profunda da grupo”. Uma das bandas norte-americanas mais famosas e reverenciadas do mundo, o Earth, Wind & Fire vendeu mais de 90 milhões de discos, com 11 álbuns consecutivos ganhando ouro ou platina.
Do gramado pro cinema
Lionel Messi criou uma produtora de cinema e TV intitulada 525 Rosario, uma referência ao endereço da cidade natal do atleta na Argentina. O plano é que a nova produtora aborde conteúdo editorial, presumivelmente mais documentários sem roteiro, bem como conteúdo familiar e narrativo para parceria com anunciantes.
A empresa será formada como uma joint venture entre a família Messi e a Smuggler Entertainment, produtora por trás das séries Messi's World Cup: The Rise of a Legend e Messi Meets America, ambas da Apple TV+.
A 525 Rosário terá Tim Pastore, que também dirige a Smuggler, como CEO. O executivo também produziu Messi's World Cup e detém créditos de produção em documentários como Jane [2017] e Free Solo [2018].
Mais um
Por meio de suas subsidiárias Prime Video e Amazon MGM Studios, a Amazon está se juntando à Motion Pictures Association, grupo comercial que representa os seis maiores estúdios de cinema de Hollywood. O estúdio se junta à Paramount Pictures, Sony Pictures, Universal Studios, The Walt Disney Studios, Warner Bros. Discovery e Netflix.
Representante em negociações com sindicatos, a MPA assume uma posição particularmente forte em questões como direitos autorais e proteções de propriedade intelectual, esforços antipirataria, incentivos de produção e outras questões situadas na intersecção de políticas públicas e entretenimento.
No passado, a Amazon trabalhou com a MPA atuando como membro do conselho de administração antipirataria da organização. Já a MGM foi membro de 1928 a 2005.
Mudança
O diretor e roteirista Jared Bush está substituindo Jennifer Lee como diretor de criação do Walt Disney Animation Studios, enquanto Lee retorna à produção cinematográfia em tempo integral e administra a franquia Frozen.
No cargo há seis anos, Lee dirigirá e escreverá Frozen 3. Ela também deve escrever e ser produtora executiva de Frozen 4. Bush se reportará ao co-presidente da Disney Entertainment, Alan Bergman, com efeito imediato.
Tanto Bush quanto Lee são responsáveis por filmes bilionários da Disney, com Bush trabalhando em Zootopia e Lee na franquia Frozen. Além disso, Encanto, também de Bush, e Frozen, são os únicos dois longas-metragens da história da Disney Animation a receber Oscar, Globo de Ouro e BAFTA de longa-metragem de animação.
O próximo lançamento do estúdio será Moana 2, que estreia nos cinemas em 28 de novembro. Ambos são produtores executivos do filme, com Bush co-escrevendo o roteiro da sequência. Ele também foi o roteirista de Moana, que ultrapassou 1 bilhão de horas assistidas no Disney+ no início deste ano.
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Até a próxima, se cuidem e cuidem dos seus,
Júlia Gavillan