Par de sapatos de rubi de O Mágico de Oz é vendido por valor recorde
O recorde anterior era do vestido branco que Marilyn Monroe usou em O Pecado Mora ao Lado.
Vendido por US$ 28 milhões, um par de sapatos de rubi usados por Judy Garland em O Mágico de Oz [1939] se tornou a maior venda de leilão de todos os tempos para uma memorabilia de entretenimento. Com o “buyer's premium” — uma cobrança adicional ao preço de martelo —, a peça vendida pela Heritage Auctions e adquirida por um comprador anônimo chegou ao total de US$ 32,5 milhões.
O recorde anterior pertencia ao vestido branco desenhado por William Travilla e usado por Marilyn Monroe em O Pecado Mora ao Lado [1955], vendido por US$ 5,52 milhões. Também vendido pela Heritage Auctions, o traje fazia parte da famosa coleção de Debbie Reynolds.
A procedência deste par também pode ter contribuído para o valor total da venda. Os sapatos estavam em exposição em 2005 no Museu Judy Garland em Grand Rapids, no Minnesota, terra natal da atriz. O par foi roubado durante um arrombamento ao museu e, mais tarde, foi recuperado pelo FBI em 2018 e autenticado pelo Smithsonian antes de ser enviado para leilão.
Sabe-se que existem outros três pares de sapatos de rubi. Um par está no Museu Nacional de História Americana no Smithsonian Institution em Washington. Outro foi adquirido por um consórcio de compradores por US$ 2 milhões, liderado por Leonardo DiCaprio e Steven Spielberg para residir na coleção permanente do Academy Museum of Motion Pictures. Acredita-se que o terceiro par seja de um colecionador particular.
Com conceito de Adrian, figurinista norte-americano que trabalhou em centenas de filmes da Metro-Goldwyn-Mayer entre 1928 e 1941, todos os pares foram projetados como sapatos de salto baixo feitos de faille de seda vermelha e totalmente enfeitados com lantejoulas carmesim e cobertos com pequenos laços. Todos os sapatos foram feitos pela Innes Shoe Company. Embora cada par tenha sido usado para propósitos diferentes durante as filmagens, como dança ou close-ups, o leiloeiro Mike Sadler confirmou que o par vendido havido sido usado em tela.
O leilão também vendeu um chapéu de bruxa usado por Margaret Hamilton, que interpretou a Bruxa Má do Oeste no filme dirigido por Victor Fleming. A peça foi vendida por US$ 2,93 milhões.
Indicados (e tem Brasil)
Com apresentação de Mindy Kaling e Morris Chestnut, o Globo de Ouro anunciou os indicados aos prêmios cinematográficos e televisivos de 2025. A premiação inclui uma categoria para melhor conquista cinematográfica e de bilheteria para filmes que alcançaram “uma receita bruta total de pelo menos US$ 150 milhões, dos quais US$ 100 milhões devem vir da bilheteria doméstica dos EUA e/ou obter audiência de streaming digital proporcional”.
A 82ª edição anual do Globo de Ouro acontecerá em 5 de janeiro de 2025. Nikki Glaser será a host da premiação, com Viola Davis recebendo o Prêmio Cecil B. DeMille e Ted Danson ganhando o Prêmio Carol Burnett, que reconhece excelência em TV. Veja a lista de indicados nas categorias cinematográficas:
Melhor filme de drama
The Brutalist (A24)
A Complete Unknown (Searchlight Pictures)
Conclave (Focus Features)
Dune: Part Two (Warner Bros. Pictures)
Nickel Boys (Orion Pictures/Amazon Mgm Studios)
September 5 (Paramount Pictures)
Melhor filme de comédia e/ou musical
Anora (Neon)
Challengers (Amazon MGM Studios)
Emilia Pérez (Netflix)
A Real Pain (Searchlight Pictures)
The Substance (MUBI)
Wicked (Universal Pictures)
Melhor filme de animação
Flow (Sideshow/Janus Films)
Inside Out 2 (Walt Disney Studios Motion Pictures)
Memoir of a Snail (IFC Films)
Moana 2 (Walt Disney Studios Motion Pictures)
Wallace & Gromit: Vengeance Most Fowl (Netflix)
The Wild Robot (Universal Pictures)
Melhor filme em língua não inglesa
All We Imagine as Light (Sideshow/Janus Films) [EUA, Índia, França]
Emilia Pérez (Netflix) [França]
The Girl With the Needle (MUBI) [Polônia, Suécia, Dinamarca]
Ainda Estou Aqui (Sony Pictures Classics) [Brasil]
The Seed of the Sacred Fig (Neon) [EUA, Alemanha]
Vermiglio (Sideshow/Janus Films) [Itália]
Melhor atriz de drama
Pamela Anderson (The Last Showgirl)
Angelina Jolie (Maria)
Nicole Kidman (Babygirl)
Tilda Swinton (The Room Next Door)
Fernanda Torres (I’m Still Here)
Kate Winslet (Lee)
Melhor ator de drama
Adrien Brody (The Brutalist)
Timothée Chalamet (A Complete Unknown)
Daniel Craig (Queer)
Colman Domingo (Sing Sing)
Ralph Fiennes (Conclave)
Sebastian Stan (The Apprentice)
Melhor atriz de comédia e/ou musical
Amy Adams (Nightbitch)
Cynthia Erivo (Wicked)
Karla Sofía Gascón (Emilia Pérez)
Mikey Madison (Anora)
Demi Moore (The Substance)
Zendaya (Challengers)
Melhor ator de comédia e/ou musical
Jesse Eisenberg (A Real Pain)
Hugh Grant (Heretic)
Gabriel Labelle (Saturday Night)
Jesse Plemons (Kinds of Kindness)
Glen Powell (Hit Man)
Sebastian Stan (A Different Man)
Melhor atriz coadjuvante
Selena Gomez (Emilia Pérez)
Ariana Grande (Wicked)
Felicity Jones (The Brutalist)
Margaret Qualley (The Substance)
Isabella Rossellini (Conclave)
Zoe Saldaña (Emilia Pérez)
Melhor ator coadjuvante
Yura Borisov (Anora)
Kieran Culkin (A Real Pain)
Edward Norton (A Complete Unknown)
Guy Pearce (The Brutalist)
Jeremy Strong (The Apprentice)
Denzel Washington (Gladiator II)
Melhor direção
Jacques Audiard (Emilia Pérez)
Sean Baker (Anora)
Edward Berger (Conclave)
Brady Corbet (The Brutalist)
Coralie Fargeat (The Substance)
Payal Kapadia (All We Imagine as Light)
Melhor roteiro
Jacques Audiard (Emilia Pérez)
Sean Baker (Anora)
Brady Corbet e Mona Fastvold (The Brutalist)
Jesse Eisenberg (A Real Pain)
Coralie Fargeat (The Substance)
Peter Straughan (Conclave)
Melhor trilha sonora original
Volker Bertelmann (Conclave)
Daniel Blumberg (The Brutalist)
Kris Bowers (The Wild Robot)
Clément Ducol e Camille (Emilia Pérez)
Trent Reznor e Atticus Ross (Challengers)
Hans Zimmer (Dune: Part Two)
Melhor canção original
Beautiful That Way (The Last Showgirl; Música e letra: Andrew Wyatt, Miley Cyrus, Lykke Zachrisson)
Compress / Repress (Challengers; Música e letra: Trent Reznor, Atticus Ross, Luca Guadagnino)
El Mal (Emilia Pérez; Música e letra: Clément Ducol, Camille, Jacques Audiard)
Forbidden Road (Better Man; Música e letra: Robbie Williams, Freddy Wexler, Sacha Skarbek)
Kiss The Sky (The Wild Robot; Música e letra: Delacey, Jordan K. Johnson, Stefan Johnson, Maren Morris, Michael Pollack, Ali Tamposi)
Mi Camino (Emilia Pérez; Música e letra: Clément Ducol, Camille)
Conquista cinematográfica e de bilheteria
Alien: Romulus (Walt Disney Studios Motion Pictures)
Beetlejuice Beetlejuice (Warner Bros. Pictures)
Deadpool & Wolverine (Walt Disney Studios Motion Pictures)
Gladiator II (Paramount Pictures)
Inside Out 2 (Walt Disney Studios Motion Pictures)
Twisters (Universal Pictures)
Wicked (Universal Pictures)
The Wild Robot (Universal Pictures)
Falando em premiações…
Uma das produções mais faladas do ano, Anora foi eleito o melhor filme de 2024 pela Los Angeles Film Critics Association. A organização também entregou um prêmio realização profissional para John Carpenter. Veja a lista de vencedores:
Melhor filme
Vencedor: Anora
Vice-campeão: The Brutalist
Melhor diretor
Vencedor: Mohammad Rasoulof (The Seed of the Sacred Fig)
Vice-campeão: Sean Baker (Anora)
Melhor atuação principal
Vencedores: Marianne Jean-Baptiste (Hard Truths) e Mikey Madison (Anora)
Vice-campeões: Demi Moore (The Substance) e Fernanda Torres (Ainda Estou Aqui)
Melhor atuação coadjuvante
Vencedores: Yura Borisov (Anora) e Kieran Culkin (A Real Pain)
Vice-campeões: Clarence Maclin (Sing Sing) e Adam Pearson (A Different Man)
Melhor roteiro
Vencedor: Jesse Eisenberg (A Real Pain)
Vice-campeão: Sean Baker (Anora)
Melhor documentário/não ficção
Vencedor: No Other Land
Vice-campeão: Dahomey
Melhor cinematografia
Vencedor: Jomo Fray (Nickel Boys)
Vice-campeão: Lol Crawley (The Brutalist)
Melhor música/trilha sonora
Vencedor: Trent Reznor e Atticus Ross (Challengers)
Vice-campeão: Eiko Ishibashi (Evil Does Not Exist)
Melhor design de produção
Vencedor: Judy Becker (The Brutalist)
Vice-campeão: Vencedor: Adam Stockhausen (Blitz)
Melhor edição
Empate: Nicholas Monsour (Nickel Boys) e Hansjörg Weißbrich (September 5)
Melhor animação
Vencedor: Flow
Vice-campeão: Chicken For Linda!
Melhor filme não em língua inglesa
Vencedor: All We Imagine as Light
Vice-campeão: The Seed of the Sacred Fig
Prêmio de Cinema Experimental Douglas Edwards
The Human Surge 3, de Eduardo Williams
Nova Geração
Vera Drew (The People’s Joker)
Retorno
Assumindo a tarefa pelo segundo ano consecutivo, David Tennant será o apresentador do EE BAFTA Film Awards 2025. A cerimônia, que abrange 25 categorias competitivas decididas pelos membros do BAFTA, será realizada em 16 de fevereiro. A primeira rodada de votação começou em 6 de dezembro.
Na tela grande
Adquirido no início deste ano, a Sony Pictures Classics planeja lançar Becoming Led Zeppelin nos cinemas em 2025. O plano do estúdio é lançar o documentário apenas em IMAX em 7 de fevereiro nos EUA, com exibições antecipadas em 18 mercados em 5 de fevereiro.
Com direção de Bernard McMahon, Becoming Led Zeppelin narra as origens e a ascensão meteórica da banda inglesa, explorando a história com filmagens e comentários nunca antes vistos dos membros. Descrito como um híbrido entre documentário e concerto, o filme também inclui performances raras e nunca vistas.
Como o próprio título sugere, o filme não vai explorar toda a história da banda, focando na formação do Led Zeppelin na década de 1960. De acordo com um comunicado à imprensa, o documentário é “contado nas próprias palavras do Led Zeppelin e é o primeiro filme oficialmente sancionado sobre o grupo”.
Vale a leitura:
O Mágico de Oz e a Hollywood que não existe mais (Podcast Mais Que um Filme)
The Agency e Black Doves: dramas de espionagem em contato com seus sentimentos (NY Times)
Diretores insistentes, problemas de dinheiro e um pênis protético: Tudo sobre o trabalho na mesa redonda de produtores (THR)
Críticos do Hollywood Reporter escolhem as melhores atuações cinematográficas de 2024 (THR)
A mulher mais poderosa de Hollywood da qual você nunca ouviu falar (THR)
Candidato croata ao Oscar acusa órgão nacional de censura (THR)
Luar na cova dos leões — Por que Barry Jenkins desistiu de seu estilo improvisado de filmagem para passar quatro anos fazendo Mufasa em um estúdio de som. (Vulture)
Essa é a última edição do ano da newsletter. Obrigada por ler o Além do Filme e apoiar meu trabalho. Considere apoiar a publicação financeiramente ou me pagar um café via pix: julia.gavillan@gmail.com.
Se cuidem e cuidem dos seus, nos vemos em 2025,
Júlia Gavillan