Durante reunião de lucros trimestrais da Disney, o CEO Bob Iger afirmou que a empresa está reduzindo o número de produções televisivas e cinematográficas da Marvel Studios. Segundo Iger, o objetivo é lançar duas séries de TV por ano e não mais que três filmes no mesmo período.
A decisão faz parte de uma estratégia geral da Disney de reduzir a produção e focar na qualidade, saindo de quatro produções cinematográficas por ano para “duas, ou no máximo três”. O executivo disse que a Marvel tem “alguns bons filmes em 2025” e, após essas produções, o estúdio focará em Vingadores.
O anúncio contraria o calendário de lançamentos mais recente distribuído pela Disney, que conta com quatro filmes da Marvel Studios previstos para 2025 — Captain America: Brave New World, Thunderbolts, The Fantastic Four e Blade. A Disney também tem quatro filmes do estúdio previstos para 2026, incluindo o quinto Vingadores. Em 2024, a Marvel lançará apenas Deadpool & Wolverine.
Historicamente, a única vez que a Marvel lançou mais de três filmes em um ano foi em 2021, depois que a indústria cinematográfica precisou adiar produções devido à pandemia. Naquele ano, a Disney lançou Viúva Negra, Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis, Eternos e Homem-Aranha: Sem Volta para Casa, uma coprodução com a Sony Pictures.
Iger ainda comentou sobre como Agatha, spinoff de WandaVision, é um vestígio do antigo posicionamento do estúdio em aumentar o volume de produções — estratégia criada para aumentar o conteúdo do Disney+ e garantir novos assinantes.
Ainda sobre a reunião…
Questionado sobre o foco da Disney em sequências cinematográficas e filmes originais, Iger afirmou que o estúdio planeja equilibrar as produções, apontando que, especialmente entre as animações, o conglomerado passou por um período em que os filmes originais eram dominantes. Entretanto, agora, a Disney está “recuando um pouco” para se apoiar em sequências.
O executivo citou os planos de lançamento do próximo filme da franquia Toy Story e a sequência de Divertidamente, afirmando que esses filmes tem um valor maior porque a propriedade intelectual conhecida custa menos para ser comercializada.
ProcessÃO
Em ação movida no tribunal federal da Califórnia, a MGM Studios e a Amazon estão acusando Hill de fraude por mentir no Escritório de Direitos Autorais dos EUA de que ele é o verdadeiro autor do roteiro de Matador de Aluguel [1989]. O processo afirma que o autor tentou tirar vantagem de uma disposição na lei de direitos autorais que permite que ele e outros autores em situação semelhante reivindiquem os direitos de obras anteriores.
As alegações se concentram em uma ação judicial que Hill abriu em fevereiro para bloquear o lançamento do remake de Matador de Aluguel. O autor acusou a MGM de violação de direitos autorais por se recusar a licenciar o roteiro após Hill recuperar os direitos pelo material.
O processo de Hill afirmava que ele escreveu o roteiro “nas especificações”, o que significa que escreveu o trabalho por vontade própria, na esperança de encontrar um comprador interessado. Adquirida pela MGM, a United Artists comprou o material que se tornou o filme estrelado por Patrick Swayze.
Porém, Hill decidiu recuperar os direitos autorais do roteiro em 2021 e enviou um aviso de rescisão — que teria lhe permitido recuperar os direitos do trabalho em dois anos. Segundo o autor, o pedido foi recusado pelo estúdio.
Agora, a MGM alega na contra-ação que Hill declarou à UA que Lady Amos, produtora de Hill, era a autora do roteiro, que foi escrito como um trabalho feito sob encomenda. Hill argumenta que ele e Lady Amos são “alter egos um do outro” e que a UA o forçou a estruturar o contrato dessa maneira. Porém, o contrato de compra do roteiro diz que o proprietário, apontado como Lady Amos, concedeu à UA exclusividade pelo material, incluindo “todos os direitos autorais, renovações e extensões dos mesmos”. O processo inclui provas que mostram pagamentos de US$ 150.000 e US$ 200.000 da UA para Lady Amos.
A MGM enfatiza que Hill formou a Lady Amos em 1976, muito antes de qualquer negócio com a UA, refutando a afirmação do autor sobre a UA ter forçado Hill a assinar um contrato específico. O estúdio argumenta que, se os direitos da obra foram cedidos pela Lady Amos, Hill não pode recuperá-los. Parte do processo também pede uma ordem judicial invalidando o registro de direitos autorais que Hill obteve este ano, o identificando como proprietário do roteiro original.
Ainda no processo aberto em fevereiro, Hill também argumentou que a Amazon utilizou gerador de inteligência artificial para cumprir o prazo para concluir o remake, ameaçado pela greve dos atores. Ele acusou o estúdio de utilizar ferramentas de IA para replicar as vozes dos atores do filme, violando os acordos coletivos de trabalho do SAG-AFTRA e do DGA. A Amazon e a MGM Studios negaram as acusações.
Retorno <3
Novo filme de Celine Song, Materialists completou o elenco com Zoë Winters, Dasha Nekrasova, Louisa Jacobson e Marin Ireland. Descrito como uma comédia romântica ambientada em Nova York, a produção da A24 é estrelada por Dakota Johnson, Chris Evans e Pedro Pascal.
Atualmente em produção em Nova York, a trama segue uma casamenteira sofisticada que se envolve com um homem rico. Mais detalhes sobre a trama e os papéis dos atores não foram divulgados.
Alguém pediu…?
A 20th Century Studios está reiniciando a franquia de ação e aventura de ficção científica Maze Runner. O estúdio está em negociações para contratar Jack Paglen para escrever o roteiro da nova produção. Produtores da trilogia original, Ellen Goldsmith-Vein, Lee Stollman, Wyck Godfrey e Marty Bowen estão retornando aos cargos originais. Wes Ball, que dirigiu a trilogia original, também estará envolvido como produtor.
Baseado nos best-sellers de James Dashner, o primeiro livro de Maze Runner se concentra em um grupo de adolescentes que chega a um cenário murado chamado Glade com suas memórias apagadas. Além das quatro paredes do acampamento, existe um labirinto cheio de criaturas mecânicas mortais e portas que fecham todas as noites ao pôr do sol. Um recém-chegado descobre a chave para a sobrevivência dos grupos e tenta libertá-los.
Segundo o THR, fontes disseram que o reboot não é uma releitura da história ou uma sequência direta da trilogia original. A esperança é fazer uma espécie de continuação da história, mas também retornar aos elementos que funcionaram no primeiro filme.
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Até a próxima, se cuidem e cuidem dos seus,
Júlia Gavillan