Disney vê lucro de streaming cair, enquanto número de inscritos sobe
Shawn Levy dirigindo Star Wars; Gears of War na Netflix; Daniel Kaluuya como Homem-Aranha; e mais...
Em reunião com investidores, a Walt Disney Co anunciou que o Disney+ adicionou 12,1 milhões de assinantes no último trimestre, chegando a 164,2 milhões globais. Os assinantes gerais de streaming do conglomerado passaram de 235 milhões, com o Hulu adicionando 1 milhão de inscritos e o ESPN+ ganhando 1,5 milhão.
No entanto, as perdas de streaming continuam a crescer e registraram um prejuízo operacional trimestral de US$ 1,47 bilhão, mais que o dobro dos US$ 630 milhões relatados no período comparável de 2021. Em comunicado vinculado aos ganhos do quarto trimestre fiscal, Bob Chapek, CEO da Disney, sugeriu que as perdas de streaming da empresa atingiram o pico.
Preparados para arcar com as perdas para continuar criando conteúdo de streaming, Chapek citou uma “decisão estratégica de investir fortemente na criação de conteúdo incrível”, frisando que a Disney espera que o Disney+ alcance rentabilidade no ano fiscal de 2024, “assumindo que não aconteça uma mudança significativa no clima econômico”.
O CEO delineou um plano de três frentes para lucratividade do Disney+, incluindo preços mais altos e o novo plano de assinatura com anúncios, “racionalização significativa” de gastos de marketing e conteúdo eficiente. Entretanto, os executivos da Disney também sugeriram que a opção de assinatura com anúncios do streaming — que já conta com pelo menos 100 anunciantes — não vai gerar um impacto financeiro significativo até o final do ano fiscal de 2023.
A receita geral da Disney foi de US$ 20,1 bilhões no trimestre, abaixo das expectativas de Wall Street, com lucro operacional de US$ 1,6 bilhão. A receita no trimestre para as operações de mídia e entretenimento da Disney caiu 3%, enquanto os parques temáticos e produtos tiveram um aumento de 36% — a empresa relacionou esse número ao aumento de público nos parques e cruzeiros.
Projeto nas estrelas
Com créditos em Free Guy, A Chegada e Stranger Things, o cineasta Shawn Levy está desenvolvendo um longa-metragem para a Lucasfilm. Pronto para dirigir o terceiro filme de Deadpool, ainda não está claro quando acontecerá o projeto de Levy para o universo Star Wars.
Além do contrato com a Marvel Studios, Levy também está ocupado com a produção dos episódios finais de Stranger Things, com a quinta temporada em fase de desenvolvimento do roteiro e sem data de lançamento definida.
Atualmente, a Lucasfilm está desenvolvendo diferentes projetos cinematográficos para a franquia Star Wars, como a produção de Taika Waititi, o projeto produzido por Kevin Feige — o chefe da Marvel Studios — e um longa-metragem dirigido por Sharmeen Obaid-Chinoy a partir do roteiro de Damon Lindelof.
Por enquanto, a Disney e a Lucasfilm não anunciaram datas de lançamento dessas produções, mas o estúdio do Mickey reservou datas em dezembro de 2025 e dezembro de 2027 para os filmes de Star Wars.
Novos concorrentes
O comitê executivo do ramo de animação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas confirmou que Apollo 10 e Meio: Aventura na Era Espacial, Marcel the Shell With Shoes On e Eternal Spring são elegíveis na categoria de longa-metragem de animação para o 95º Oscar. A decisão foi tomada depois que o comitê revisou os materiais de apoio fornecidos pelos cineastas.
Lançado pela Netflix, Apollo 10 e Meio: Aventura na Era Espacial inicialmente não se qualificou para a categoria após a Academia concluir que a rotoscopia — técnica de animação usada no filme que envolve live-action no processo — não atendia aos critérios definidos nas regras.
Segundo as regras de elegibilidade ao Oscar, a Academia define um longa-metragem animado como “um filme em que o movimento e as performances dos personagens são criados usando uma técnica quadro a quadro, e geralmente se enquadra em um dos dois campos gerais da animação: narrativa ou abstrato”. A organização também frisa que uma animação narrativa deve ter um número significativo de personagens principais animados.
As regras também afirmam que a animação deve estar presente em “nada menos que 75% do tempo de execução do filme”, além de pontuar que captura de movimento e marionetes digitais “não são por si só técnicas de animação”.
Ambientada em live-action, Marcel the Shell With Shoes On segue uma concha em stop-motion em busca da família. Baseado na série de curtas de Jenny Slate e Dean Fleischer Camp, o filme da A24 é dirigido por Camp e apresenta a voz de Slate como Marcel.
Representante do Canadá no Oscar 2023, Eternal Spring usa animação e imagens atuais em live-action para reconstituir um incidente de 2002. Na ocasião, membros do grupo espiritual proibido Falun Gong invadiram uma estação de TV estatal na China em uma tentativa de combater a propaganda do governo sobre a prática do grupo.
Retorno aos quadrinhos
Retornando ao universo dos super-heróis, Daniel Kaluuya entrou para o elenco de Spider-Man: Across the Spider-Verse. O ator assumirá o papel de Spider-Punk na sequência de Homem-Aranha: No Aranhaverso, animação vencedora do Oscar de melhor animação em 2019.
Spider-Man: Across the Spider-Verse seguirá Miles Morales sendo forçado a se unir novamente a Spider-Gwen e um novo grupo de Aranhas para enfrentar um poderoso vilão.
A sequência conta com os retornos de Shameik Moore, Hailee Steinfeld, Oscar Isaac, Brian Tyree Henry, Luna Lauren Velez e Greta Lee, além das adições de Issa Rae, Rachel Dratch, Jorma Taccone, Shea Whigham e Jason Schwartzman.
Dirigido por Justin K. Thompson, Joaquim Dos Santos e Kemp Powers a partir do roteiro de Phil Lord, Chris Miller e David Callaham, Spider-Man: Across the Spider-Verse estreia nos cinemas em 2 de junho de 2023. O terceiro e último filme da trilogia, intitulado Spider-Man: Beyond the Spider-Verse, está previsto para estrear nos cinemas em 29 de março de 2024.
Em notícias mais curtas…
Marcando presença
Ian McShane e Keanu Reeves entraram para o elenco de Ballerina, spin-off de John Wick protagonizado por Ana de Armas. O ator reprisará o papel como Winston, general do Continental, o famoso hotel para assassinos com um conjunto próprio de regras. McShane também estará presente em John Wick 4, que será lançado nos cinemas em 23 de março de 2023.
Já em produção, Ballerina terá direção de Len Wiseman, roteiro de Shay Hatten e produção de Basil Iwanyk, Erica Lee e Chad Stahelski, diretor de John Wick. Os detalhes da trama envolvem uma jovem com habilidades assassinas que usa esse conhecimento para se vingar após a morte da família.
Na telona
A Universal Pictures contratou Joe Robert Cole para escrever o roteiro da cinebiografia sobre Snoop Dogg. Com direção de Allen Hughes, o filme ainda sem título é apontado como a cinebiografia definitiva do rapper e empresário do entretenimento.
A produção contará com o envolvimento do próprio artista, que também cederá o catálogo de músicas para o filme. Dogg também assumirá o papel de produtor ao lado de Sara Ramaker e Hughes. Esse será o primeiro filme da Death Row Pictures, produtora fundada pelo rapper ao lado de Ramaker.
Sequência
Diretora de Falcão e o Soldado Invernal, Kari Skogland foi anunciada como diretora de Wind River: The Next Chapter, sequência do drama criminal Terra Selvagem lançado em 2017. Escrito e dirigido por Taylor Sheridan, o primeiro filme é ambientado em uma reserva de nativos americanos em Wyoming.
A sequência segue uma série de assassinatos ritualísticos que permanecem sem solução. Em Wind River: The Next Chapter, o FBI recruta Chip Hanson — presente no primeiro filme, o ator Martin Sensmeier retorna ao papel — para investigar os casos. No processo, Hanson se envolve em uma luta desesperada e perigosa entre autoridades, um vigilante e a Reserva que ele chama de lar.
Com roteiro de Massett e John Zinman, a produção está programada para começar em janeiro de 2023. O elenco adicional será anunciado antes do início das filmagens.
Anteriormente, Skogland foi anunciada como diretora de Cleópatra, produção estrelada por Gal Gadot atualmente em pré-produção.
Dos jogos para o cinema
Após longos meses de negociações em um ambiente competitivo, a Netflix adquiriu os direitos de mídia de Gears of War, franquia de jogos desenvolvida e gerenciada pela The Coalition.
Com grandes ambições, o streamer planeja adaptar a saga dos jogos para um filme em live-action, seguido por uma série animada para adultos. Se as produções funcionarem e forem bem-sucedidas, novas histórias seguirão. Por enquanto, nenhum cineasta ou produtor está ligado aos projetos.
Gears of War se passa em um planeta à beira do colapso social quando uma ameaça monstruosa na forma de criaturas subterrâneas leva a humanidade à beira da extinção. Comandado pelo sargento Marcus Fenix, o Esquadrão Delta está encarregado de liderar a última resistência da humanidade.
Vale a pena a leitura:
Reconstruindo Pantera Negra: como a família Wakanda Forever lutou contra o luto e os danos para criar um tributo ao super-herói de US $ 250 milhões (THR)
Joe Locke e Kit Connor, de Heartstopper, não conseguem acreditar que nada disso é real (GQ)
A Warner Bros. anulou um filme não autorizado do Coringa. Por dentro da luta do diretor para salvá-lo (LA Times)
Como Alexandre Desplat manteve o “coração vibrante” e a “inocência” de Pinóquio vivos com partitura (THR)
Christina Applegate sobre sua carreira, de Married … With Children a terminar Dead to Me apesar de ter esclerose múltipla: “Foi um presente” (Variety)
Jennifer Aniston não tem nada a esconder (Allure)
Estúdios estão se afastando dos mandatos gerais da vacina COVID-19 (THR)
Como a caridade favorita de Hollywood quebrou (THR)
E depois havia mais: Entre Facas e Segredos, Agatha Christie e um boom sem parar de mistério de assassinato (Guardian)
Starship Troopers estava à frente da curva (The Ringer)
Até a próxima semana, se cuidem e cuidem dos seus,
Júlia Gavillan