Disney+ ultrapassa 137 milhões de assinantes
Novos problemas para a Disney; Academia pede feedback do Oscar 2022; sequência de Um Pequeno Favor; e mais...
Superando as expectativas de Wall Street, a Disney ganhou 7,9 milhões de assinantes no Disney+ no último trimestre. Mesmo com expectativas variadas, a empresa superou a previsão de 4,5 milhões a 5 milhões de adições. Atualmente, o Disney+ tem 137,7 milhões de assinantes.
No mesmo relatório, a Disney informou que sofreu um golpe de US$ 1 bilhão relacionado ao término antecipado dos acordos de licenciamento de conteúdo para poder usá-lo no próprio streaming. Embora a empresa não tenha divulgado detalhes do conteúdo, é provável que tenha relação com a inclusão das séries da Marvel no Disney+, anteriormente disponíveis na Netflix.
Além do Disney+, o Hulu também adicionou 300.000 assinantes para alcançar 45,6 milhões, enquanto a ESPN+ adicionou 1 milhão de assinantes, atingindo 22,3 milhões — segundo o THR, os números do Hulu podem ter sido impulsionados por uma promoção realizada na Black Friday.
Apesar dos números empolgarem Wall Street, Christine McCarthy, a CFO da Disney, sugeriu que o crescimento de assinantes do Disney+ pode desacelerar nos próximos meses, citando que alguns mercados que devem entrar em operação no terceiro trimestre estão no Leste Europeu, atualmente enfrentando os conflitos na Ucrânia.
A divisão de distribuição de mídia e entretenimento de Disney, que inclui streaming, teve receita de US$ 13,5 bilhões no trimestre, um aumento de 9% em relação ao ano interior — US$ 4,9 bilhões foram liderados pelo streaming.
Assim como a Netflix, a Disney também planeja lançar um plano suportado por anúncios no Disney+, permitindo que a empresa aumente o preço do plano atual sem publicidade.
Falando em Disney…
Citando nominalmente a Disney, o senador republicano Josh Hawley propôs um projeto de lei que reescreveria drasticamente a lei de direitos autorais dos EUA, encurtando o prazo total disponível para todos os detentores de direitos.
Se a lei for aprovada, o conglomerado de mídia pode perder imediatamente os direitos autorais do design de Mickey Mouse apresentado na animação Steamboat Willie [1928] — a lei se aplicaria retroativamente aos direitos autorais existentes.
Em comunicado, Hawley fez menção ao papel da Disney em influenciar a evolução da lei de direitos autorais. Introduzido oficialmente na animação de 1928, a Disney recebeu 56 anos de direitos autorais de Mickey Mouse. Entretanto, com os direitos autorais do personagem próximos de expirar em 1984, a Disney fez lobby por uma reforma na lei, garantindo a aprovação da Lei de Direitos Autorais em 1976 — a decisão permitiu uma extensão por 75 anos para propriedades de corporações.
Em 1998, novamente a Disney conseguiu adiar a liberação do design original de Mickey Mouse ao domínio público com a adoção do Copyright Term Extension Act. A lei ampliou os direitos autorais por corporações por 95 anos a partir da publicação original, empurrando o limite dos direitos de Steamboat Willie até 2024.
O atual projeto de lei é visto como uma nova retaliação ao posicionamento público do conglomerado contra a legislação anti-LGBTQIA+ da Flórida. Nas últimas semanas, o Senado e a Câmara do Estado votaram pela eliminação da autoridade da empresa sobre a extensa área do parque temático.
Saiba mais sobre o assunto na sessão Truco:
Porém, mesmo que os direitos autorais de Steamboat Willie finalmente expirem, a Disney modificou o design de Mickey Mouse ao longo dos anos e muitas dessas versões permanecem protegidas. A empresa também pode proteger os interesses comerciais por marcas registradas, que incluem palavras e símbolos usados para identificar produtos.
Com a maioria democrata no Senado, é improvável que a proposta seja aprovada. Entretanto, a lei também enfrentaria outro obstáculo importante. A extensão feita em 1976 foi necessária para os EUA participarem da Convenção de Berna, um tratado internacional sobre direitos autorais. Se o Congresso norte-americano voltasse a um máximo de 56 anos, o tratado seria violado e o país sofreria potenciais penalidades monetárias ou sanções comerciais.
Feedback
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas está pedindo feedback de seus membros sobre algumas das escolhas mais controversas do Oscar 2022, incluindo a decisão de anunciar oito categorias fora da transmissão ao vivo da cerimônia.
Segundo uma pesquisa obtida pela Variety, a Academia inicialmente fez sete perguntas sobre a experiência geral dos membros, incluindo pedidos de sugestões de mudanças que podem ajudar a melhorar a organização e tornar a indústria cinematográfica mais inclusiva.
A segunda parte da pesquisa foca completamente na cerimônia deste ano produzida por Will Packer. Além de questionar sobre a decisão de cortar a entrega das categorias do evento ao vivo, as perguntas também incluem o polêmico prêmio dos fãs votado via Twitter — o vencedor foi Army of Dead, do diretor Zack Snyder.
A Variety entrou em contato com a Academia, que não respondeu ao pedido de comentário da publicação.
Em notícias mais curtas…
Reencontro com Ghostface
Estrela de Pânico 4 [2011], Hayden Panettiere fechou um acordo para retornar ao universo da clássica franquia de terror da Paramount Pictures. Já em andamento, a sequência de Pânico [2022] também anunciou os retornos de Melissa Barrera, Jasmin Savoy Brown, Mason Gooding e Jenna Ortega — as filmagens devem começar neste verão norte-americano.
Os detalhes da trama do novo filme estão sendo mantidos em segredo, mas Paramount e a Spyglass Media dizem que a história continuará “com os quatro sobreviventes dos assassinatos de Ghostface quando eles deixam Woodsboro para trás e iniciam um novo capítulo”.
A sequência contará com os retornos de James Vanderbilt e Guy Busick como co-roteiristas, além dos diretores Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett, conhecidos pelo coletivo de cineastas Radio Silence.
Parte 2
A Lionsgate e a Amazon Studios anunciaram a sequência de Um Pequeno Favor, filme de mistério e comédia lançado em 2018. A sequência contará com os retornos das protagonistas Anna Kendrick e Blake Lively, além do diretor Paul Feig.
Baseado no livro homônimo de 2017, a trama do primeiro filme segue Stephanie, uma mãe solitária que se torna amiga da poderosa e destemida Emily. Um dia, Emily desaparece e Stephanie parte em busca de respostas por conta própria, mas no caminho descobre que a nova amiga não era nada do que ela pensava.
Arrecadando mais de US$ 97 milhões em bilheterias mundiais, a sequência de Um Pequeno Favor será escrita por Jessica Sharzer, que também assumirá o papel de produtora executiva.
Coppolão vem aí
Francis Ford Coppola definiu o elenco para Megalopolis, projeto independente autofinanciado pelo cineasta orçado em pouco menos de US$ 100 milhões. Escrito, produzido e dirigido por Coppola, a produção terá Adam Driver, Nathalie Emmanuel, Forest Whitaker, Laurence Fishburne e Jon Voight no elenco.
Sem data de estreia prevista, a sinopse de Megalopolis diz: “O destino de Roma assombra um mundo moderno incapaz de resolver seus próprios problemas sociais nesta história épica de ambição política, genialidade e amor conflitante”.
Adiado
Previsto para estrear no circuito de festivais deste ano, o drama Emancipation foi adiado para 2023. Dirigido por Antoine Fuqua, o filme protagonizado por Will Smith foi produzido pela Apple Original Films em colaboração com Westbrook Studios, a produtora do ator.
Embora o caso envolvendo o tapa no Oscar seja um fator na mudança, fontes familiarizadas com a produção contaram que Fuqua ainda está trabalhando na pós-produção do filme, tornando improvável o projeto ser finalizado para lançamento ainda em 2022. O próprio calendário lotado da Apple no segundo semestre também seria um fator.
Escrito por Bill Collage e também estrelado por Ben Foster, Emancipation conta a história de um escravo fugitivo que tenta escapar de donos de plantações.
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Essa semana, estive no Cinemático batendo um papo sobre Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, além do episódio sobre Cavaleiro da Lua, série da Disney+.
Até a próxima semana, se cuidem e cuidem dos seus,
Júlia Gavillan