Disney resolve processo de discriminação salarial aberto por funcionárias
A ação coletiva tinha cerca de 9 mil funcionárias do conglomerado
A Disney pagará US$ 43,25 milhões para resolver uma ação coletiva de cerca de 9.000 funcionárias na Califórnia acusando a empresa de discriminação salarial. Segundo o acordo, o conglomerado manterá especialistas para lidar com “diferenças salariais significativas” usando um modelo encomendado por advogados que representaram as mulheres.
Aberto em 2019, o processo centrou-se em reivindicações de trabalhadoras empregadas pela Disney desde 2015, que disseram que estão recebendo menos do que seus colegas homens por trabalho substancialmente semelhante. A ação foi movida por LaRonda Rasmussen, uma gerente de desenvolvimento de produtos de longa data no Walt Disney Studios, e Karen Moore, que passou mais de duas décadas como administradora sênior de direitos autorais da Hollywood Records da Disney. Na época, a empresa negou as alegações de preconceito salarial em várias divisões corporativas na ação coletiva que buscava até US$ 300 milhões.
O acordo foi fechado em setembro, embora os termos não tenham sido divulgados.
Falando em processo…
A Warner Bros. Discovery está sendo processada por investidores que alegam que o conglomerado de mídia mentiu sobre as possíveis consequências da perda dos direitos de transmissão da NBA.
Uma ação coletiva movida no tribunal federal de Nova York acusa a WBD de deturpar o impacto que a perda dos direitos de jogos regulares e pós-temporada para a rede TNT teria em seus negócios. Em agosto, um mês após a NBA rejeitar oficialmente a oferta da WBD de igualar o pacote de direitos proposto pela Amazon, a empresa assumiu uma provisão de imparidade de ágio de US$ 9,1 bilhões relacionada à depreciação de suas redes de TV. Imparidade de ágio ou redução do valor recuperável do ativo é o teste de um mecanismo utilizado na contabilidade para reduzir o valor de um ativo. As ações da empresa caíram quase 9% nas negociações após o expediente no dia em que o anúncio foi feito.
O processo questiona a falha da WBD em divulgar que a perda dos direitos da NBA faria provavelmente com que a empresa reavaliasse significativamente seus negócios, refletido na enorme cobrança de imparidade. A ação aponta para declarações otimistas do CEO David Zaslav sobre perspectivas do conglomerado este ano, além de dizer em uma teleconferência de resultados em fevereiro que as negociações com a NBA na época foram “construtivas e produtivas”.
Quando a WBD relatou seus lucros do segundo trimestre em agosto, o diretor financeiro Gunnar Wiedenfels apontou para discussões de direitos esportivos como a da NBA como “um evento desencadeador” para a reavaliação dos negócios da empresa.
A TNT é parceira de transmissão da NBA desde 1988, pagando uma taxa média anual de US$ 1,2 bilhão sob seu acordo existente com a liga. No início deste ano, a NBA entrou em discussões com vários parceiros para uma nova rodada de acordos depois que a WBD não conseguiu fechar um novo acordo dentro de sua janela de negociação exclusiva. Em julho, a liga anunciou um trio de pacotes de direitos de TV e streaming com a Disney, NBCUniversal e Amazon.
Em julho, a WBD processou a NBA no tribunal estadual de Nova York depois que a liga se recusou a aceitar a oferta equivalente da empresa para um dos pacotes de seu novo acordo de direitos de mídia de 11 anos. Como parte do novo acordo, fechado no início deste mês, Inside the NBA aparecerá na ESPN e ABC a partir da próxima temporada, com a TNT Sports ainda produzindo o programa.
Grandioso
Moana 2 entrou para a história da bilheteria norte-americana com uma arrecadação de US$ 225 milhões no feriado de Ação de Graças, a maior abertura do feriado de cinco dias de todos os tempos.
Pelas projeções iniciais, a sequência da Walt Disney Animation estava se encaminhando para uma enorme arrecadação de US$ 125 milhões a US$ 135 milhões para o longo feriado de quinta a domingo. Porém, o filme familiar superou as expectativas ao arrecadar US$ 139,7 milhões nos primeiros três dias.
Ao redor do mundo, Moana 2 já arrecadou US$ 165,8 milhões para um recorde global de US$ 389 milhões, se tornando a maior abertura de todos os tempos para um filme de animação. A vaga era anteriormente preenchida por Super Mario Bros. O Filme, com US$ 377 milhões. O filme estreou em primeiro lugar em todos os lugares, exceto na China.
Dirigido por David Derrick Jr, Jason Hand Dana Ledoux Miller, a sequência acompanha a jovem heroína Moana enquanto ela embarca em uma aventura inesperada em águas desconhecidas.
As bilheterias do feriado norte-americano também incluíram Wicked, da Universal, e Gladiador II, da Paramount. Com US$ 420 milhões, o trio resultou no maior Dia de Ação de Graças de todos os tempos em termos de arrecadação doméstica de feriados — mais de US$ 100 milhões à frente do recorte anterior estabelecido em 2018 com US$ 316 milhões, segundo a Comscore.
Intolerância
O Kuwait removeu Wicked da programação dos cinemas na véspera de seu lançamento no país. Segundo a Variety, alguns meios de comunicação locais especulam que a decisão foi motivada pelo fato de que o musical tem um elenco LGBTQ.
O Kuwait se tornou a região mais rigorosa do Golfo quando se trata de censura cinematográfica, mais do que a Arábia Saudita. Após a proibição de Barbie no ano passado — para proteger a “ética pública” —, os kuwaitianos viajaram para fora do país para ver o filme. Mais tarde, ainda em 2023, o Kuwait também proibiu o filme de terror Fale Comigo por incluir um ator trans.
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Até a próxima, se cuidem e cuidem dos seus,
Júlia Gavillan