Aquaman 2 ganha estreia na China e testará interesse do público em Hollywood
E muitas contratações.
A sequência de Aquaman ganhou data de estreia na China, chegando aos cinemas do país em 20 de dezembro, dois dias antes da estreia na América do Norte. O primeiro Aquaman [2018] foi um fenômeno no país, arrecadando US$ 98 milhões e eventualmente totalizando US$ 291,8 milhões. A produção permanece sendo o filme da DC de maior bilheteria de todos os tempos, com US$ 1,148 bilhão nas bilheterias globais.
Desde a pandemia, os filmes de franquia dos EUA — especialmente as sequências de super-heróis — entrarem em declínio na China. Aquaman 2: O Reino Perdido é visto como um teste para entender se o público está fadigado desse tipo de história na região. Produções da DC lançadas em 2023, Shazam! Fúria dos Deuses e The Flash tiveram desempenhos inferiores, ganhando apenas US$ 6 milhões e US$ 25,9 milhões, respectivamente.
A situação também não é das melhores para a Marvel, que estreou recentemente The Marvels em segundo lugar na China com apenas US$ 11,5 milhões, um valor baixo para um fim de semana de estreia do MCU no país.
Alguns analistas de indústria chinesa dizem que a falta de campanhas de marketing focadas no país no período pós-pandemia é parcialmente responsável pela diminuição dos lucros. Durante o período promocional de Oppenheimer, Christopher Nolan visitou Pequim e a produção foi uma das poucas surpresas de bilheteria dos EUA no país em 2023. O filme arrecadou US$ 62 milhões, o segundo melhor desempenho de Nolan na China até o momento, atrás de Interestelar [2014], que conseguiu US$ 122 milhões.
Diretor dos dois filmes de Aquaman, James Wan tem um ótimo histórico de bilheteria na China com Velozes & Furiosos 7 [2015] e Velozes e Furiosos 8 [2017], produções dos EUA entre os maiores sucessos de bilheteria no país — o filme de 2015 arrecadou US$ 390,9 milhões, enquanto a sequência de 2017 faturou US$ 392,8 milhões.
Retorno
A Universal está desenvolvendo uma nova abordagem para a franquia de ação Bourne, originalmente estrelada por Matt Damon. O novo projeto terá direção de Edward Berger, diretor da recente adaptação de Nada de Novo no Front.
Ainda nos estágios iniciais de desenvolvimento, não há roteiro nesta fase e, portanto, nenhum ator foi escalado para o papel principal. Estrela da franquia original, o nome de Damon não está ligado ao novo filme — pelo menos por enquanto.
Damon interpretou Jason Bourne em uma trilogia de filmes de 2002 a 2007, reprisando o personagem em 2016. Baseados nos livros de Robert Ludlum, os filmes se concentram em um agente do governo que perda a memória e começa a ser caçado pelo próprio país. Em 2012, Jeremy Renner estrelou o spinoff O Legado Bourne.
Retorno 2
Doug Liman dirigirá e supervisionará o desenvolvimento da reinicialização de The Saint para a Paramount Pictures. Circulando por Hollywood há muito tempo, o projeto será protagonizado por Regé-Jean Page, que também assumirá o papel de produtor executivo.
Baseado nos livros homônimos de aventura de Leslie Charteris, o protagonista Saint — apelido de Simon Templar — foi apresentado em uma série de histórias publicadas entre 1928 e 1963. Após esse período, outros autores colaboraram com Charteris em livros até 1983; duas obras adicionais foram produzidas em 1997, anos após a morte do autor.
Retratado em diversas mídias, o personagem apareceu em uma série de filmes de Hollywood feitos entre 1938 e 1954, uma série de rádio da década de 1940 estrelada por Vincent Price, uma popular série de televisão britânica dos anos 1960 estrelada por Roger Moore e uma série dos anos 1970 estrelada por Ian Ogilvy. Anos mais tarde, Hollywood reapresentou o personagem misterioso em The Saint, filme estrelado por Val Kilmer em 1997, também com produção da Paramount.
Nenhum detalhe sobre a história do novo filme foi divulgado.
Novo chefe
Dave Filoni, que começou a trabalhar ao lado de George Lucas na série animada Clone Wars há quase duas décadas, assumiu uma nova posição na Lucasfilm e se tornou diretor de criação. O cargo lhe dá o trabalho de direcionar toda a narrativa da franquia daqui para frente.
Em conversa com a Vanity Fair, o produtor, diretor, roteirista e agora executivo contou que o cargo o colocará no processo de desenvolvimento de projetos mais cedo e com mais espaço para se envolver nas histórias. Segundo Filoni, antigamente ele era envolvido em muitos projetos, mas apenas os via quando já estavam em processo avançado de desenvolvimento.
Filoni agora trabalhará mais diretamente com Kathleen Kennedy, presidente da Lucasfilm, e ao lado de Carrie Beck, uma produtora veterana que se tornou chefe de desenvolvimento da divisão — Beck é responsável por originar e conduzir a próxima geração de filmes e programas de Star Wars.
Blacklist
Após publicações pró-Palestina, Melissa Barrera foi demitida de Scream VII, franquia que ajudou a reviver em 2022. Barrera publicou uma série de stories no Instagram dizendo que não aprendemos nada com a história e “as pessoas ainda assistem silenciosamente a tudo acontecer”. A atriz ainda afirmou que Gaza está sendo tratada como um campo de concentração, enfatizando que estamos presenciando um genocídio e uma limpeza étnica.
Em comunicado, um porta-voz da Spyglass, empresa por trás da franquia Pânico, disse que o grupo tem “tolerância zero com antissemitismo ou incitamento ao ódio de qualquer forma”. A declaração ainda afirma que eles não irão tolerar “referências falsas a genocídio, limpeza étnica, distorção do Holocausto ou qualquer coisa que ultrapasse flagrantemente os limites do discurso de ódio”.
As filmagens de Scream VII ainda não haviam começado e o desenvolvimento se tornou lento em meio às greves de atores e roteiristas. Sem a protagonista, a expectativa é que a produção reorganize os planos. Em postagem já excluída no Twitter, o diretor Christopher Landon afirma que não foi decisão dele.
Grandona e sem medo
Com a notícia da demissão, Barrera retornou ao Instagram para dizer que não será silenciada e manterá o posicionamento, frisando que condena o antissemitismo, a islamofobia, o ódio e o preconceito de qualquer tipo contra qualquer grupo de pessoas.
Mais uma
Após a notícia sobre a demissão de Barrera, foi noticiado que Jenna Ortega também não estará na produção — o desligamento teria acontecido há meses devido ao cronograma de produção da segunda temporada de Wandinha.
Blacklist 2
Ainda sobre boicotes, Susan Sarandon foi dispensada da agência de talentos UTA após comentários em um comício pró-Palestina na cidade de Nova York em 17 de novembro.
Em notícias mais rápidas…
De herói a vilão
Após tentar o papel como Batman e Superman, Nicholas Holt está em negociações para interpretar Lex Luthor no próximo filme de James Gunn. O primeiro longa-metragem do novo universo da DC Studios, Superman: Legacy será escrito e dirigido pelo cineasta.
Além de Holt, a produção será estrelada por David Corenswet como Clark Kent/Superman e Rachel Brosnahan como Lois Lane. Segundo o THR, Holt disputou o papel de Luthor enquanto também fazia testes para interpretar Superman e chegou a ser um dos finalistas para o papel.
Luther estreou nos quadrinhos em Action Comics No. 23, de 1940, criada pela dupla Jerry Siegel e Joe Shuster. Nos cinemas, o papel foi interpretado pela primeira vez por Gene Hackman no clássico Superman [1978].
Mais um
Jackie Chan e Ralph Macchio vão reprisar os papéis de Karate Kid em um novo filme da franquia de artes marciais da Sony Pictures. Estrelas em décadas diferentes, os atores estarão em uma produção que fará uma fusão dos filmes da franquia e continuará a mitologia original.
Conhecido pelos dramas televisivos I'm Not Okay with This e The End of the F***ing World, Jonathan Entwistle assumirá a direção do filme ainda sem título. A Sony iniciou uma busca global por um jovem ator chinês para interpretar o personagem principal.
Com o lançamento previsto para 13 de dezembro de 2024, a história se concentrará em um adolescente da China que encontra força e direção por meio das artes marciais e de um rígido, mas sábio, mentor.
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Nos vemos na próxima! Se cuidem e cuidem dos seus,
Júlia Gavillan