45ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo divulga programação
A aposentadoria de Alan Horn, estreia de filme do Studio Ghibli e mais...
De 21 de outubro a 3 de novembro, acontece a 45ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Em formato híbrido, o festival apresentará 264 títulos de mais de 50 países em circuito de salas de cinema da cidade de São Paulo e nas plataformas Mostra Play, Sesc Digital e Itaú Cultural Play — todas acessadas pelo site da Mostra.
A seleção da 45ª Mostra será apresentada nas seções Perspectiva Internacional, Competição Novos Diretores, Mostra Brasil e Apresentação Especial. Mais de 80 títulos desta edição são dirigidos por mulheres.
O festival terá sessões gratuitas no Vão Livre do Masp, Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso, Centro Cultural Tiradentes e Vale do Anhangabaú, — com exibição de Summer of Soul (... ou, Quando a Revolução Não Pode Ser Televisionada —, além de preços promocionais no Museu da Imigração e circuito Spcine (Centro Cultural São Paulo e Biblioteca Roberto Santos). A Mostra também apresentará sessões gratuitas de filmes apresentados nas plataformas Sesc Digital e Itaú Digital.
Na nova edição, o festival terá dois tipos de pacotes de ingressos: os exclusivos para as exibições digitais e outros apenas para as sessões presenciais. Fiquem espertos porque alguns filmes serão exibidos com exclusividade nos cinemas e não terão sessões nas plataformas digitais.
Para você que decidir assistir filmes nos cinemas, todas as sessões presenciais terão um intervalo de 30 minutos entre as sessões para que as salas sejam higienizadas. Além de disponibilizar álcool em gel nos cinemas, a Mostra seguirá um protocolo de segurança padrão contra Covid-19:
Ocupação de apenas 50% da lotação das salas e espaços,
Distanciamento social,
Exigência de comprovante de vacinação,
Uso obrigatório de máscara, que deverá permanecer no rosto do espectador durante o período de exibição.
A Mostra também apresenta uma programação especial no Museu da Imigração em parceria com a ACNUR — agência da ONU para refugiados. Entre os filmes exibidos, terá 7 Prisioneiros, de Alexandre Moratto, e Pegando a Estrada, de Panah Panahi. As sessões acontecem nos dias 22 e 23 de outubro.
Este ano, a homenageada com o Prêmio Leon Cakoff será a diretora brasileira Helena Ignez, que também contará com o lançamento do livro Helena Ignez, a Atriz Experimental, escrito por Pedro Guimarães e Sandro de Oliveira.
Diferente das outras edições, a 45ª Mostra terá sessões simultâneas em dez salas de cinema da cidade de São Paulo na abertura na quarta-feira, 20 de outubro. As exibições serão antecedidas pela projeção virtual da cerimônia de inauguração do festival, que terá apresentação de Renata Almeida, diretora da Mostra, e Serginho Groissman. Confira a lista de filmes e a programação:
As sessões em todos os cinemas serão abertas ao público, com início às 20h. Os ingressos começam a ser vendidos a partir de segunda-feira, 18 de outubro, pelo aplicativo da Mostra (disponível para Android, a partir da versão 7, e IOS, a partir da versão 11.4).
Já a Mostra Play oferece três tipos de pacotes exclusivos: 5 ingressos (R$ 57,00), 10 ingressos (R$ 105,00) ou 15 ingressos (R$ 150,00). Eles devem ser solicitados via email (pacote_mostraplay@mostra.org) e o pagamento é feito via transferência bancária.
O ingresso individual para cada filme da Mostra Play estará disponível a partir do domingo, 17 de outubro, e custa R$ 12,00 — o ingresso pode ser comprado diariamente no site da plataforma com pagamento via cartão de crédito das bandeiras Visa e Mastercard. Após a compra, os filmes ficam disponíveis por 72 horas e, após o play, por 24 horas.
Divirta-se!
Falando em Mostra…
A MUBI anunciou a distribuição de 10 filmes para exibições exclusivas durante a 45ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Com exibições apenas nos cinemas, as datas foram divulgadas no site do festival.
Os filmes da MUBI disponíveis na Mostra são Lingui, do chadiano Mahamat-Saleh Haroun; Cow, documentário de Andrea Arnald; What do See When We Look at The Sky?, de Aleksandre Koberidze; A Chiara, escrito e dirigido por Jonas Carpignano; o musical Annette, de Leos Carax; Titane, dirigido por Julia Ducournau e vencedor da Palma de Ouro de Melhor Filme; Memória, de Apichatpong Weerasethakul; Lamb, do islandês Valdimar Jóhannsson; Great Freedom, do austríaco Sebastian Meise; e o drama russo Unclenching The Fists, de Kira Kovalenko.
Para quem não puder assistir aos filmes no cinema, Annette estreia na MUBI em 26 de novembro e Lamb em 25 de fevereiro. Os demais filmes estreiam no Brasil com exclusividade no streaming pela plataforma em 2022.
Falando em MUBI…
Dois filmes da MUBI foram selecionados para representar seus países no Oscar 2022 de Melhor Filme Internacional: o comitê francês escolheu Titane e o comitê austríaco escolheu Great Freedom.
O fim de uma era
Um dos executivos mais importantes da Disney, Alan Horn se aposentará em 31 de dezembro. O executivo foi nomeado presidente do The Walt Disney Studios em 2012, tornando-se presidente e diretor de criação em 2019 antes de assumir “apenas” o posto de diretor de criação da Disney Studios Content — antiga The Walt Disney Studios — em 2021.
Bob Iger, atual presidente da The Walt Disney Company que também está deixando a empresa em dezembro, escreveu em sua autobiografia que Horn foi sua melhor contratação. Essa afirmação não está errada. Com Horn, a Disney incorporou a LucasFilm e a falecida 20th Century Fox — hoje 20th Century Studios —, além de trabalhar na expansão dos estúdios para a produção de conteúdo para os serviços de streaming da Disney.
Sob sua liderança, o estúdio estabeleceu recordes de bilheteria, ultrapassando US$ 7 bilhões globalmente em 2016 e 2018 e US$ 11 bilhões em 2019, incluindo o maior lançamento de todos os tempos nos EUA com Star Wars: O Despertar da Força [2015] e o segundo maior lançamento global de todos os tempos com Vingadores: Ultimato [2019].
Nesse período, a Disney introduziu com sucesso o Universo Cinematográfico Marvel, reiniciou a franquia Star Wars para uma nova geração e permaneceu produzindo animações bem sucedidas. Um currículo invejável.
A próxima pessoa a ocupar o cargo cuidará dos esforços criativos dos estúdios de entretenimento da The Walt Disney Company, como a Disney, Walt Disney Animation Studios, Pixar Animation Studios, Marvel Studios, Lucasfilm, 20th Century Studios, Disney Theatrical Productions e Searchlight Pictures.
Em notícias mais curtas...
Anota na agendinha
A Netflix licenciou os direitos de Aya e a Bruxa, primeiro filme 3D da história do Studio Ghibli — a transação exclui o Japão e os EUA. O filme dirigido por Goro Miyazaki, filho de Hayao Miyazaki, conta a história de uma jovem teimosa que cresceu em um orfanato. Sua vida muda dramaticamente quando um casal estranho a acolhe e a jovem é forçada a viver com uma bruxa egoísta.
Com roteiro de Niwa Keiko e Gunji Emi, a história é baseada no romance homônimo da escritora inglesa Diana Wynne Jones. Aya e a Bruxa estreia na Netflix em 18 de novembro.
Estreia em grande estilo
Novo filme de Edgar Wright, Noite Passada em Soho fará o primeiro tapete vermelho da história do Museu da Academia. O evento acontecerá na segunda-feira, 25 de outubro, no David Geffen Theater, o novíssimo cinema com mil lugares disponíveis e patrocínio exclusivo da Dolby.
Após a exibição, os expectadores participarão de uma festa com Wright e o elenco no andar de cima do terraço de cobertura do museu. Esse convite deve estar sendo disputado a tapa...
Escalado
O ator Cillian Murphy foi escalado para interpretar J. Robert Oppenheimer no próximo filme dirigido por Christopher Nolan. Intitulada Oppenheimer, a produção sobre o físico norte-americano será lançada pela Universal após a rachadura entre o diretor e a Warner Bros., resultado do imbróglio envolvendo o lançamento de Tenet nos cinemas.
Assim como Batman: O Cavaleiro das Trevas e Dunkirk, Oppenheimer também será filmado com câmeras IMAX. O filme tem previsão para estrear nos cinemas em 21 de julho de 2023.
Escalado 2
Anthony Hopkins entrou para o elenco de The Son, próximo filme de Florian Zeller. A produção é o sucessor de Meu Pai, filme que rendeu ao ator o Oscar de Melhor Ator em 2021.
Em comunicado, Zeller contou que Hopkins foi o primeiro a ler o roteiro do novo filme e o personagem foi escrito especialmente para ele. Além do ator, o elenco conta com Hugh Jackman, Vanessa Kirby, Laura Dean e o estreante Zen McGrath.
Assim como Meu Pai, The Son também é adaptado de uma peça teatral escrita por Zeller — o roteirista Christopher Hampton foi responsável pelas suas adaptações. A história segue Peter (Jackman) e sua nova parceira Beth (Kirby), que acabam de ter um filho e tem as vidas completamente bagunçadas quando a ex-mulher de Peter, Kate (Dern), aparece com seu filho adolescente, Nicholas (McGrath).
Olá, Adam
Will Poulter conseguiu o papel de Adam Warlock em Guardiões da Galáxia Vol. 3, que deve começar a ser filmado ainda este ano. O diretor e roteirista James Gunn postou uma mensagem de boas-vindas ao ator no Twitter, aproveitando para elogiar o trabalho de Poulter.
O personagem foi introduzido nos créditos de Guardiões da Galáxia Vol. 2, onde vemos Ayesha (Elizabeth Debicki), Alta Sacerdotisa dos Soberanos, criar um ser chamado Adam com o propósito de destruir os Guardiões.
Como esperado, Chris Pratt, Zoe Saldana, Karen Gillan, Dave Baustista, Bradley Cooper, Pom Klementieff e Vin Diesel retornam em Guardiões da Galáxia Vol. 3.
Contratinho
A estrela francesa Omar Sy assinou um contrato cinematográfico de vários anos com a Netflix. A partir de sua produtora, Sy desenvolverá filmes originais para o streamer e dará continuidade ao sucesso de Lupin, série protagonizada pelo ator.
E a nova parceria já tem data para estrear. Em 2022, o streamer lançará a comédia de ação Tour de Force, protagonizada por Sy e Laurent Lafitte, com direção de Louis Leterrier — diretor dos três primeiros episódios de Lupin.
Apesar desse ser o primeiro contrato do streamer com um talento ou cineasta francês, a Netflix é o serviço de streaming número um do país e estabeleceu fortes laços com alguns dos principais produtores, cineastas e estúdios da França. Enquanto isso, grandes grupos de cinema e TV entram em desacordo com os serviços de streaming sobre a janela de exclusividade teatral no país.
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Até a próxima semana, cuidem e cuidem dos seus,
Júlia Gavillan